"Ninguém nunca sabe quando a sua vida será interferida por
algo relevante, especial e que realmente tocará seu coração. Sendo assim, é
algo que não pode ser ignorado. Isso significa duas coisas: Ou você dá uma
oportunidade a si mesmo e se permite ser tomado por essa sensação, essa coisa
nova, se permite conhecer e explorar o novo, descobrindo características
próprias e individuais que até então não conhecia.
Por exemplo, quando eu comecei no Ballet, foi porque fui
tocada por um espetáculo e por vários vídeos que uma amiga me mostrou e acabou
me influenciando. Partindo para a prática eu descobri que o Ballet é puro
trabalho corporal e desenvolvimento de uma relação, consigo mesmo, além dos
aspectos físicos que no meu caso, eu descobri que tenho uma perna, mais forte,
mais comprida e flexível que a outra. Curioso, muito curioso.
Quando eu comecei o Jazz, descobri que esse tal de “Free
Step” e “Rebolation” que as pesssoas eram tão fascinadas, já existia há muito
tempo e se chamava “Charleston”. Os homens dos anos 30 se dirigiam aos clubes
de Jazz e começavam a improvisar passos divertidos, rápidos e ritmados.
Quando eu
comecei o teatro, descobri que o ser humano tem muito o que expressar, mas
nessa sociedade veloz e silenciosa, que se preocupa sempre em informar,
informar, o homem acaba não expressando aquilo que quer e esses sentimentos,
essas descargas de emoções, por vezes, é descontada na pessoa errada.
Sim, você pode descobrir muitas coisas, quando para, respira
e sai da rotina, reservando um tempo para você.
Ou você pode simplesmente seguir em frente no mesmo ciclo de
todos os dias, criando barreiras e continuando sempre a mesma peça no mesmo
lugar.
O que eu estou tentando dizer é que se você se sentiu
inspirado, e incentivado a realizar qualquer coisa, arrisque, lute e persista.
Encontre uma maneira de se expressar e mergulhe na infinidade de curiosidades e
oportunidades que aparecem quando você está disposto a tentar. Disposto a
transmitir a sua mensagem.
Quer dançar? Dance, deixe seu corpo se comunicar sem as
palavras. Ou não, dê um tempo aos movimentos e dê voz as palavras, escrevendo
uma boa peça de teatro ou um poema. Quem sabe um livro?
Expresse todas as suas emoções, conflitantes ou confusas, e
busque um bom grupo de teatro, ou crie um. Quem sabe você não compõe uma
música?
Não contente, vire Rauschenberg por um dia, pegue um lençol
e transforme-o em uma boa tela de pintura... Ou um vestido, quem sabe?
O que eu afirmo é: Abra as portas para você mesmo e
permita-se não pensar em problemas, pelo menos por algum tempo. Afinal, todos
precisamos de uma válvula de escape. E por sermos pensantes, temos muito o que
transmitir para colaborar com esse fluxo de ideias transpassadas."
por gezebel nunes mussi
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